DOCTA IGNORANTIA ET COINCIDENTIA OPPOSITORUM: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Resumo
Este artigo visa proporcionar uma discussão a respeito de como a concepção da docta ignorantia traspassa por obras escritas em períodos diferentes por Nicolau de Cusa, o que permitiria um panorama na filosofia do autor. Outrossim, é-nos possível detectar uma abordagem sobre uma metafísica do conhecimento em que o autor discute a possibilidade de conhecer Deus enquanto princípio Unitrino. Além disso, ao discutir a possibilidade do conhecimento de Deus, mostra o autor a incapacidade linguística de se falar de Deus tendo em vista a sua anterioridade em relação às coisas e até mesmo às palavras. Dado essa anterioridade ontológica, o Cardeal – não se sabe se querendo ou não – acaba por trazer à tona as fragilidades da razão com relação a possibilidade de conhecer e nomear o princípio primeiro de todas as coisas. Para tanto, optamos tomar como base as seguintes obras de Nicolau de Cusa: De docta ignorantia (1440), De visione dei (1453) e De non aliud (1462) pelo fato de elas nos dar uma visão panorâmica do pensamento de Nicolau de Cusa acerca da problemática que queremos refletir.
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