DIONÍSIO AREOPAGITA LIDO POR TOMÁS DE AQUINO E MESTRE ECKHART
Resumo
Tomás de Aquino e Mestre Eckhart, ambos dominicanos, tiveram um mestre em comum: Alberto Magno. A partir das leituras do professor, estudaram diretamente as Sentenças de Pedro Lombardo e os Nomes Divinos de Dionísio Areopagita, comentados por Alberto item a item. Cada um dos autores levou da teologia negativa um aspecto para o próprio entendimento da essência divina. Tomás concluiu que o intelecto humano não conhece aquilo que Deus é no estado de vida presente, apenas na separação da alma em relação ao corpo quando este mesmo intelecto poderia compreender Deus diretamente. Em Eckhart, esse estado de graça é uma simbologia da união da alma com o divino em arrebatamento, a ser alcançada ainda nessa vida, pelo homem desprendido. Seria a diferença fundamental entre os dois discípulos o uso da negação para uma epistemologia do intelecto humano e o outro para a radicalização da união da alma com Deus? Em outros termos, Tomás de Aquino parece assumir a teologia negativa de Dionísio em prol de uma teoria do conhecimento da via da remoção em geral, enquanto Eckhart coloca a questão em uma ontologia, no fundo sem fundo da alma e de Deus. Dionísio Areopagita, hodiernamente Pseudo-Dionísio Areopagita ou Dionísio Pseudo-Areopagita, foi alçado à autoridade máxima da Teologia. Cabe-nos, nesse espaço, apresentar a sua trajetória de recepção e destacar as leituras de Tomás de Aquino,com destaque para a triplex via para o conhecimento da essência divina, e a mística pela negação em Mestre Eckhart.
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